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Estudo avalia composição corporal de pessoas com deficiência em cadeira de rodas

Imagem mostra o scanner DEXA com um pessoa deitada nele passando por um processo de análise
A avaliação pelo scanner DEXA (imagem) poderá ser realizada por PcDs cadeirantes entre 18 e 50 anos e que não possuam prótese metálica ou marcapasso (Foto: Rogério Bordini)

O Viva Bem (Recod.ai) está conduzindo um estudo para a avaliação da composição corporal de pessoas com deficiência (PcD) entre 18 e 50 anos que utilizem cadeira de rodas e que não possuam próteses metálicas ou marcapassos. Esta pesquisa se destaca pela aplicação do exame DEXA, que permitirá que participantes conheçam mais a fundo a saúde de seus corpos.

A coleta faz parte da pesquisa conduzida pelo doutorando José Igor Vasconcelos de Oliveira com apoio da mestranda Rizia Almeida, ambos membros do Viva Bem e do Laboratório de Cinesiologia Aplicada da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp. A pesquisa de Oliveira, intitulada “Resposta morfofuncional e fisiológica de cadeirantes: um estudo longitudinal utilizando tecnologia vestível” investiga a composição corporal de PcDs cadeirantes utilizando um smartwatch para monitorar a frequência cardíaca e identificar atividades.

O que é o exame DEXA?

O DEXA Scanner, ou absorciometria de raios-X de dupla energia, é um exame de alta precisão padrão-ouro que analisa detalhadamente diferentes aspectos do corpo. Para o escaneamento, o(a) paciente deita-se em uma maca enquanto o equipamento emite feixes de raios-X de baixa radiação que atravessam o corpo. O aparelho, em seguida, realiza uma varredura em intervalos de aproximadamente 1 cm da cabeça aos pés. Um software processa os dados e gera um relatório detalhado com a porcentagem e a distribuição regional de gordura corporal, massa magra e densidade óssea.

Avaliar tais características do corpo é crucial para entender a saúde metabólica e o risco de doenças. Dados fornecidos pelo exame sobre gordura visceral, por exemplo, podem ajudar a identificar problemas como resistência insulínica e doenças cardiovasculares. Além disso, a medição da massa magra é fundamental para monitorar a saúde muscular e condições como a sarcopenia (perda de força e massa muscular em decorrência do envelhecimento). A análise da densidade óssea também é vital para diagnosticar e acompanhar doenças ósseas, como a osteoporose.

Como acontece a coleta?

As avaliações, que duram cerca de 3 horas, ocorrem na FEF via agendamento por meio deste formulário e são divididos em três etapas:

  1. Coleta de informações sócio-demográficas;
  2. Avaliação indolor da composição corporal por meio do exame DEXA;
  3. Realização de exercícios básicos na quadra, focando em resistência e força.

Ao final, os(as) participantes receberão um relatório detalhado sobre sua composição corporal, que poderá ser utilizado para consultas com especialistas. Para maiores informações, assista ao vídeo a seguir apresentado por Igor e Rizia.